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sábado, 20 de junho de 2015

Autismo



CONTEXTO HISTÓRICO

Em 1943 ocorreu um evento o mais importante que pela primeira vez chamou a atenção para a existência dos transtornos autísticos e iniciou uma rede de eventos levando informações sobre esse grupo de autismo. Ao mesmo tempo, mantém um contato “inteligente” com os objetos que, contudo, não alterava seu isolamento. Kanner (apud CUNHA 2011) foi a primeira pessoa a descrever e nomear um padrão de comportamento que ele observou em um pequeno grupo de crianças pequenas, as quais ele aplicou o termo “autismo infantil precoce”.
O método teve origem nos anos 60 quando foi montado um grupo no Departamento de Psiquiatria da Universidade da Carolina do Norte para ajudar crianças com psicose infantil nome mais comum na época, ou pessoa com autismo hoje mais conhecido. Este grupo atuava a partir de uma visão psicanalítica, oferecendo liberdade total as crianças e terapia aos pais destas para tentar modificar sua relação com os filhos, que segundo eles seria a causadora de seus distúrbios.
No ano de 1972, na Assembléia da Carolina do Norte, EUA foi aprovada a legislação que criou a Divisão para o tratamento e educação de crianças autistas e portadoras de problemas de comunicação dentro do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, EUA. Este programa que recebeu o nome de TEACCH foi inicíalmente um programa estadual de serviços para crianças autistas e com problemas de comunicação correspondentes e seus familíares visando também o esclarecimento da comunidade local para a compreensão de pessoas com este tipo de problemas.
Essa era a visão que se tinha do autismo na época, acreditando-se que a criança autista, devido a problemas causados pelos pais, embora tivesse toda sua capacidade não sendo alterada se recusava executar qualquer tarefa sendo por isso classificado como “intestável”. Foi comprovado através de pesquisas científicas, não só que as crianças eram testáveis, mas também que à medida que se baixava o nível de dificuldade dos testes aplicados diminuía o negativismo da criança e suas dificuldades de comportamento.
            Segundo Schopler e Reichler (1972) confiavam na base neurológica do autismo e não encontrou nos estudos alterações substancial nos pais de crianças autistas e os demais pais, eles apresentam uma preparação modificada que se resume brevemente em uma sugestão individual de ensino contando com os pais como co-terapeuras. Schopler, Bhehm, Kinsbourne e Reichler, (1971) também demonstraram que ambientes organizados eram mais evidentes na adequação da criança.
            Na medida em que a ciência foi avançando e estudos foram sendo realizadas as teorias que denunciavam os pais foram reduzidas, a educação foi se responsabilizando com um papel mais essencial no tratamento do autismo e os pais, além de co-terapeuras, foram ocupando um papel político importante na luta pelos direitos de seus filhos.
            O programa TEACCH, nos Estados Unidos, tem adquirido um reconhecimento nacional e internacional e é visto por um maior número de pessoas como um modelo de serviços, treinamento e pesquisa de excelência.
            O resultado do projeto de pesquisa de Schopler, Bhehm, Kinsbourne e Reichler (1971) mostrou que:

1.    Indivíduo autista responde melhor na frente da proposta de trabalho do que situações livres;
2.    Os filhos e, em consequência, os pais são vitimas de uma síndrome ao invés de serem os pais agentes causadores;
3.    A resposta aos estímulos visuais é mais consistente do que os resultados aos estímulos auditivos;
4.    Muitos distúrbios de conduta podem ser modificados positivamente e em maioria diminuem à medida que autista consegue se expressar e/ ou entender o que é esperado dele;
5.    O tratamento deveria desenvolver a integração com a Escola.

Através da utilização do programa TEACCH nas escolas regulares, com a criação de classes para autistas, buscando uma integração e adequação através da convivência com estudantes da mesma faixa etária, embora as classes para autistas tivessem uma estrutura bastante diferenciada. Atualmente, o programa TEACCH é aplicado nas escolas do estado da Carolina do Norte, além de alguns da Europa, Japão, Austrália, Israel e Brasil. No Brasil a utilização iniciou em 1991, no Centro TEACCH Novo Horizonte em Porto Alegre, Rio Grande do Sul e está sendo ampliado para outros Estados. A prática desse projeto de pesquisa iniciou-se constituíndo um Programa de Atendimento com metas bem definidas bem como suas áreas de atuação. (AMA, 2007)
            O modelo TEACCH tem buscado, desde seus estudos iníciais, respostas e questionamentos ou talvez, melhor explicando, caminhos a percorrer em busca das respostas. O atalho é dependente e conduzido através do teórico-prático das áreas da Terapia Comportamental e da Psicolinguística. A colaboração estabelece fundamental a partir de verificar a imagem visual é geradora de comunicação.
            Pela “ação no mundo”, o corpo vai inserindo significados que irão justificar a progressiva recebida das palavras ou outro sistema de comunicação alternativa (gestual, motora, por fotos ou palavras escrita).
            No programa, a utilização dos recursos (incentivos visuais como: figuras, cartões; estímulos áudio-cinestesico-visuais: som, palavra) dirigidos a atingir a fala de uma Comunicação Alternativa.
            Confirma-se que a línguagem é a resposta da mudança da informação sensorial e motora, em imagens expressivas integradas. A utilização do Programa TEACCH da imagem para conseguir os registros e parecer conquistar uma linguagem receptiva e expressão de comunicação, prometendo resultados, particular nas crianças e adolescentes com boa conservação da inteligência.
            Dentro do trabalho TEACCH é desenvolvido o PEP-R (Perfil Psicoeducacional Revisado), para compreender as qualidades e déficits de crianças com autismo, como o crescimento em nove diferentes espaços funcionais e reações incomuns em quatro áreas de patologia. (AMA, 2007).



Segundo (BANCO DE SAÚDE, 2013) Transtorno global do desenvolvimento CID-10 F 84.0 é caracterizado por um desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes da idade de três anos, e apresentando uma perturbação característica do funcionamento em cada um dos três domínios seguintes: interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo. Além disso, o transtorno se acompanha comumente de numerosas outras manifestações inespecíficas, por exemplo, fobias, perturbações de sono ou da alimentação, crises de birra ou agressividade (auto agressividade).
          Recentemente o Autismo é bem conhecido, tendo sido tema de diversos filmes de sucesso, o autismo ainda traz surpresas pela característica que pode mostrar e pelo fato de, na maioria das vezes, o autista tem uma aparência de uma criança normal.
Segundo Hans Asperger (2007) o Autismo é uma síndrome definida por mudanças presentes desde dois anos de idade, e que se caracteriza sempre por desvios da qualidade natural na comunicação, na interação social e no uso da imaginação.
           Quando as crianças com autismo crescem, desenvolve suas habilidades sociais na dimensão variada. Alguns mantem-se indiferentes, não compreendendo muito bem o que se passa na vida social.
Em vários momentos suas faces mostram muito pouco de suas emoções, em excesso se estiverem bravas ou agitadas. São especiais alguns autistas usam as pessoas como objetos para obter alguma coisa que queiram.
De acordo com Hans Asperger (2007) pessoas com esse distúrbio possuem dificuldades qualitativas na comunicação, interação social, e a imaginação (a chamada tríade), e consequentemente apresentam problemas comportamentais.


     Causas do autismo

As causas do Autismo não são conhecidas. A existência do Autismo está em anormalidades em alguma parte do cérebro ainda não conhecida de forma conclusiva e a possibilidade da origem genética. Porém, reconhecer que possa ser causado por dificuldades estabelecidas a fatos acontecidos no período da gestação ou no momento do parto.
Segundo Kanner (2007) a hipótese de uma origem relacionada á frieza ou rejeição materna já foi descartada, afastando a categoria de mito há décadas.
Já que as causas não são totalmente conhecidas, o que pode ser sugerido em termos de prevenção do autismo são os cuidados gerais a todas as gestantes, especialmente cuidados com a ingestão de produtos químicos, tais como remédios, álcool ou fumo.




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