Lendas
São narrativas transmitidas
oralmente pelas pessoas com o objetivo de explicar acontecimentos misteriosos
ou sobrenaturais. Para isso há uma mistura de fatos reais com imaginários.
Misturam a história e a fantasia. As lendas vão sendo contadas ao longo do
tempo e modificadas através da imaginação do povo. Ao se tornarem conhecidas,
são registradas na linguagem escrita.
Características de uma
Lenda:
- Se utiliza da fantasia ou
ficção, misturando-as com a realidade dos fatos.
- Faz parte da tradição oral, e
vem sendo contada através dos tempos.
- Usam fatos reais e históricos
para dar suporte às histórias, mas junto com eles envolvem a imaginação para
“aumentar um ponto” na realidade.
- Fazem parte da realidade
cultural de todos os povos.
- Assim como os mitos, fornecem
explicações aos fatos que não são explicáveis pela ciência ou pela lógica.
Essas explicações, porém, são mais facilmente aceitas, pois apesar de serem
fruto da imaginação não são necessariamente sobrenaturais ou fantásticas.
- Sofrem
alterações ao longo do tempo, por serem repassadas oralmente e receberem a
impressão e interpretação daqueles que a propagam.
A LENDA DO PREGUIÇOSO
Diz que era uma vez um homem que era o mais preguiçoso que já se viu
debaixo do céu e acima da terra.
Ao nascer nem chorou, e se pudesse falar teria dito.“Choro não, depois eu choro”.
Também a culpa não era do pobre. Foi o pai que fez pouco caso quando a parteira ralhou com ele:
“Não cruze as pernas, moço, não presta! Atrasa o menino pra nascer e ele pode crescer na preguiça, manhoso”.
E a sina se cumpriu. Cresceu o menino na maior preguiça e fastio. Nada de roça de lida, tanto que um dia o moço se viu sozinho no pequeno sítio da família onde já não se plantava nada. O mato foi crescendo em volta da casa e ele já não tinha o que comer. Vai então que ele chama o vizinho, que era também seu compadre, e pede pra ser enterrado ainda vivo.
O outro no começo não queria atender ao estranho pedido, mas quando se lembrou de que negar favor e desejo de compadre dá sete anos de azar...
E lá se foi o cortejo, carregado por alguns poucos, nos braços de Josefina sua rede de estimação. Quando passou diante da casa do fazendeiro mais rico da cidade, este tirou o chapéu, em sinal de respeito, e perguntou:
“Quem é que vai ai? Que Deus o tenha!”.
“Deus não tem ainda não, moço. Ta vivo”.
E quando o fazendeiro soube que era porque não tinha mais o que comer, ofereceu dez sacas de arroz. O preguiçoso levantou a aba do chapéu e ainda da rede cochichou no ouvido do homem:
“Moço, esse seu arroz ta escolhidinho, limpinho e cozidinho?”.
“Tá não”.
“Então toque o enterro, pessoal”.
E é por isso que se diz que é preciso prestar atenção nas crendices e superstições da ciência popular. (conto de Giba Predroza).
Ao nascer nem chorou, e se pudesse falar teria dito.“Choro não, depois eu choro”.
Também a culpa não era do pobre. Foi o pai que fez pouco caso quando a parteira ralhou com ele:
“Não cruze as pernas, moço, não presta! Atrasa o menino pra nascer e ele pode crescer na preguiça, manhoso”.
E a sina se cumpriu. Cresceu o menino na maior preguiça e fastio. Nada de roça de lida, tanto que um dia o moço se viu sozinho no pequeno sítio da família onde já não se plantava nada. O mato foi crescendo em volta da casa e ele já não tinha o que comer. Vai então que ele chama o vizinho, que era também seu compadre, e pede pra ser enterrado ainda vivo.
O outro no começo não queria atender ao estranho pedido, mas quando se lembrou de que negar favor e desejo de compadre dá sete anos de azar...
E lá se foi o cortejo, carregado por alguns poucos, nos braços de Josefina sua rede de estimação. Quando passou diante da casa do fazendeiro mais rico da cidade, este tirou o chapéu, em sinal de respeito, e perguntou:
“Quem é que vai ai? Que Deus o tenha!”.
“Deus não tem ainda não, moço. Ta vivo”.
E quando o fazendeiro soube que era porque não tinha mais o que comer, ofereceu dez sacas de arroz. O preguiçoso levantou a aba do chapéu e ainda da rede cochichou no ouvido do homem:
“Moço, esse seu arroz ta escolhidinho, limpinho e cozidinho?”.
“Tá não”.
“Então toque o enterro, pessoal”.
E é por isso que se diz que é preciso prestar atenção nas crendices e superstições da ciência popular. (conto de Giba Predroza).
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