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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O exercício da tolerância



O exercício da tolerância inclui, em primeiro lugar, o respeito a outra pessoa. Isso não significa concordar incondicionalmente com o que está sendo dito, anular sua opinião ou se submeter ao que nos violenta ou faz mal. A tolerância nos permite considerar que existem, sim, diversas formas de olhar para a vida, outras maneiras de ser ou vários tipos de ideal. E que opiniões diferentes das nossas não significam, necessariamente, uma afronta pessoal. Admitimos que há uma multiplicidade de escolhas. "Ser tolerante é perceber, entender e aceitar as diferenças sem renunciar a princípio e valores pessoais", assegura Carlos Alberto dos Santos, coordenador de programas da área de Direitos Humanos da UNESCO - entidade educacional, científica e cultural da Organização das Nações Unidas. Essa capacidade de aceitar, compreender e tolerar está presente nos momentos mais banais do cotidiano. O dentista Luiz José Grieco, de São Paulo, pratica a tolerância todos os dias em seu consultório - atende a adolescentes. "Quando eles se tornam mal-humorados ou agressivos, tento me lembrar que eles estão passando por uma fase bastante complicada da vida", diz ele. "Para desenvolver a tolerância, devemos enxergar o mundo com os olhos dos outros", afirma convicto. "Ser tolerante é requisito fundamental para ter com mais tranqüilidade e paz de espírito", reconhece Mônica Chemin, terapeuta de São Paulo. E ela dá um bom exemplo: "Se você está dirigindo e toma uma fechada de um motoqueiro, tanto pode reagir com raiva como pode parar um minuto para refletir e perceber que ele está correndo porque tem de cumprir uma agenda desumana". "O problema é muitas vezes não termos tempo para ponderar e refletir. Somos cobrados a reagir, a tomar partido, com muita rapidez. Isto é, o imediatismo pode comprometer a capacidade de ser tolerante", alerta a terapeuta. Passamos a julgar com base em preconceitos ou conceitos sem fundamento real.
E qual seria o antídoto? Não se precipitar. "E conhecer mais a nós mesmos, nossos valores mais profundos, no que acreditamos realmente", fala a terapeuta. Importante também é aceitar a si próprio. "O perfeccionismo é um sintoma de que não aceitamos nossas próprias imperfeições", diz ela. E a prática da tolerância propõe muita compreensão e paciência, primeiro com nós mesmos e depois nos relacionamentos no casamento, no trabalho, na escola.

Onde tudo começa

"A educação é o meio mais eficaz de criar uma cultura de tolerância. Ela pode estimular as crianças a serem mais abertas, curiosas e receptivas às diferenças. O acesso à educação também desenvolve o senso crítico para recusar a intolerância e o preconceito que podem estar presentes nos meios de comunicação, na família ou no ambiente social", diz o coordenador Carlos Alberto dos Santos. Outro cuidado é prestar atenção nas mensagens de intolerância que são repassadas às crianças por meio de piadas ou apelidos - detalhes que pesam muito durante o processo da formação de valores. Sempre vale, portanto, não estimular o preconceito. O bombardeio de informações que recebemos todos os dias muitas vezes incentiva que se forme um universo de semelhantes, onde se exclui o que é diferente de nós. Mas isso não é irreversível, desde que haja consciência. "Todos nós podemos contribuir para criar um mundo em que todas as diferenças sejam bem-vindas", diz Carlos Alberto dos Santos, coordenador da UNESCO. O futuro certamente agradece. 


Alcance social


No Brasil, a tolerância, que é presente no campo religioso, não vai tão bem na área social. Os grupos de defesa dos direitos dos gays apontam o país como campeão mundial de violência contra homossexuais, registrando mais de 100 assassinatos por ano. E, apesar da miscigenação que deu origem à população brasileira, o panorama não é muito animador também em relação à discriminação racial. "O país tenta mostrar a imagem de que aqui não existe racismo. Mas há enormes diferenças de oportunidade de acesso à educação, ao emprego e de remuneração entre os diferentes grupos raciais", alerta o coordenador Carlos Alberto dos Santos.
Seremos mais felizes quando se concretizar aqui um dos itens principais da Declaração de Princípios da Tolerância, redigida pela UNESCO em 1995. Diz o texto da declaração: "A prática da tolerância significa que cada pessoa é livre para escolher suas convicções e aceita que seu semelhante possa usufruir da mesma liberdade".


Para praticar todos os dias

Veja como incluir mais flexibilidade e compreensão em seu dia-a-dia:

  Avalie se suas opiniões sobre determinadas pessoas ou grupos não estão baseadas em preconceitos.
  Invista no auto conhecimento, investigue quais são suas crenças reais.
  Evite julgar pessoas ou acontecimentos precipitadamente, sem refletir.
  Adote uma atitude aberta face a estilos de vida diferentes do seu.
  Tente aceitar as outras pessoas como são.
  Procure ser mais tolerante consigo mesmo. Aceite seus erros e defeitos.


Texto: Liane Camargo de Almeida e Wilson F. de Weigl
Reportagem: Wilson F. de Weigl
http://bonsfluidos.abril.com.br/extra/a/cidadania3.shtml

É hora de acordar Zélia Almeida



É hora de acordar
Zélia Almeida
O Sol da manhã chega ao bosque. Ele vem todo risonho. Trazendo aquela quenturinha gostosa, gostosa... Ele gosta muito do bosque, pois lá tem muitos amigos. Veja só! Tem Juju e Dudu, os ursinhos, tem Cri-Cri, o grilinho; tem Zazá, a borboleta; tem Luze-Luze, o pirilampo; tem Vai-e-Vem, a minhoquinha e um tantão de bichos que moram nas tocas, nas árvores, nos lagos do bosque.
Agora o Sol chega à casa de Zazá. A casa fica na corola de uma flor. O Sol entra na flor e... encontra Zazá dormindo.
O Sol vai acordar a dorminhoca. Ele aquece a asa direita de Zazá, depois aquece a asa esquerda.
Zazá abre um olho, boceja, agita as asas e diz:
- Puxa! Como dormi!
Aí, o Sol pensa: Agora Zazá vai para o chuveiro.
O chuveiro de Zazá fica na folha. A folha recolhe as gotas de orvalho que a noite derrama no bosque.
Zazá fica debaixo da folha. Aí o vento sacode a folha e as gotas caem em cima da borboleta.
Depois Zazá sobe ao pistilo da flor. E o Sol seca suas asas. E elas ficam mais brilhantes ainda!
De repente, o Sol olha o relógio e leva um susto. Ele ficou tanto tempo na casa de Zazá que se esqueceu das outras tarefas do dia.
O jeito é a Zazá ligar o ventilador para acabar de se secar, pois o Sol saiu Iigeirinho para visitar os outros amigos do bosque.

• Produção de texto
Leia, imagine e faça:
Os moradores do bosque estão preocupados com o Sol, que não quer aparecer. Eles combinaram um encontro para discutir a possível doença do Sol, a causa da doença e as soluções que imaginam para ajudá-Io.
Crie um diálogo entre os moradores do bosque.
Antes do diálogo, conte onde, quando e como as personagens se encontraram para conversar.
Ao terminar o diálogo, conte como acabou a reunião.



domingo, 14 de fevereiro de 2016

HISTORIA DA ESCRITA ILUSTRADA






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A HISTÓRIA DA ESCRITA


A HISTÓRIA DA ESCRITA
LINGUAGEM ( EIXO: APROPRIAÇÃO DA CULTURA ESCRITA)
INTERDISCIPLINARIDADE: CONHECIMENTO SOCIAL - HISTÓRIA)

·Conteúdo: “História da Escrita
·Objetivos específicos:Conhecer a história da escrita e a função social desta para a humanidade.
·Procedimentos didáticos:
· Leitura de texto informativo pelo professor e acompanhados pelos alunos com o dedo nas palavras do texto. Conversa sobre o texto.
·Pesquisa para fazer uma linha do tempo sobre a história da escrita.
·Realizar desenhos que expressem seu pensamento, assim como faziam os homens pré-históricos e atividades com impressão de figuras desenhadas pelos alunos . Utilizar tinta alaranjada e misturar com argila, para ficar da cor das figuras rupestres. Mostrar na roda e relatar.
·Trabalhar textos informativos sobre a escrita egípcia ( hieróglifos).
·Conteúdo: outras formas de escrita que o aluno já conhece ( leitura de imagens e leitura globais de rótulos)
·Objetivos específicos: reconhecer sinais sociais /texto não verbal( gestos, músicas, figuras, obras de arte), símbolos( placas de trânsito, de banheiro, etc. ) e
 Leitura globais de rótulos , mostrando aos alunos que já sabem ler muitas coisas e que a escrita não é somente registrada com letras).
·Procedimentos didáticos : pesquisar rótulos e mostrar na roda o que leram. Colar na letrinha do alfabeto que começa o rótulo.
·Entregar folhas de atividades com símbolos de rótulos e marcar aqueles que consegue ler.
 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-Th5i8Joa_vy9QzCjaw5elcAKvrcvKJp3lB-vZxMQ5dNtylSLwEjz_pmb1ofrXKAb6aNAs1IvcIWU7a9jl6oiJgsYBdBRAV_d9ywsRuK4csvTON6Sh-8ngb09JkZCG85i29JDQ4WIEY0O/s1600/3.jpg
·Conteúdo: Alfabeto ( vogais e consoantes)
·Objetivos específicos:reconhecer todas as letras do alfabeto, percebendo que as letras se dividem em vogais,consoantes e três letras estrangeiras. Conhecer a função da ordem das letras do alfabeto no nosso cotidiano, a quantidade de letras no alfabeto e a função social da escrita na sociedade.
·Procedimentos: Apresentar o alfabeto, apontando e nomeando as letras. Perguntar as crianças para que servem as letras. Concluir que as letras se juntam e formam palavrinhas que iremos ler e escrever em textos como livros de histórias, jornais, revistas , de pesquisa, internet, etc..
·Depois da conversa, propor que contem junto com a professora a quantidade de letras do alfabeto. Concluir que são 26 letras.
·Mostrar que as letras do alfabeto se dividem em vogais e consoantes e três letras estrangeiras. As vogais estão na cartolina vermelha, as consoantes estão na azul e as letras estrangeiras estão na cartolina verde.
·Destacar as vogais e dizer que sem elas as outras letras chamadas de consoantes ficam mudas ( sem voz ) e precisam das vogais para terem som ( voz). Dar exemplos com os nomes das crianças, mostrando as vogais nos nomes destas. Mostrar as três letrinhas estrangeiras K , W e Y e dizer que estão nosnomes de pessoas, produtos estrangeiros , filmes e desenhos. Ex: Weslley, Karla, Yoki, Wolverine, etc.
·Dizer que iremos confeccionar um alfabeto com os nomesdos alunos. Entregar a silhueta e cada um irá desenhar suas características nestas. Colar a silhueta e nome na letra do alfabeto. Dizer que nas letras que não tem nenhum nome , irão desenhar algo que comece com o som destas letras e escrever os nomes dos desenhos.
P. S:
A letra “Y” é considerado vogal, por ter o mesmo som do I, porém o classifico no grupo de letras estrangeiras e explico que tem o mesmo som da letra I. Ex:Igor ou Ygor.
O “W” apresenta os sons das letras “U” e “V”, tendo som de vogal e consoante , dependendo da palavra. Ex: Wolverine e vovô , Wallace e uva.
A letra “K”, apresenta som de “ C”, quando se junta com as vogais A , O, U e som de “Q”. Ex: Catorze ou quatorze, Kero ( rótulo estrangeiro) quero ( verbo), Kiko ( nome )ou quico ( verbo quicar).
·Conteúdo: “Vogais”
Objetivos específicos: reconhecer o som das vogais nas iniciais das palavrase no meio destas . São fonemas que fazem vibrar as cordas vocais, cujo som não produz nenhum obstáculo à corrente de ar. São silábicos , isto é sempre constituem a base da sílaba, já que não existe sílaba sem vogal, sendo portanto mais fácil para as crianças perceberem seu som inicial e a sua função na sílaba.
·Procedimentos : Cantar a música“O Sapo Não Lava oPé”. Substituir as vogais nas palavras.Mostrar as vogais em cartazes e pedir que digam o que começa por determinada vogal, enfatizando o som inicial na palavra.
·Pesquisar figuras que comecem com as vogais
·Fazer um cartaz com as cinco vogais
·Mostrar uma figura por vez e pedir que digam com qual vogal começa determinada figura. Entregar para a criança escolhida colar no cartaz da vogal.
·Realizar atividades referentes às vogais iniciais e no meio das palavras. Ex: envolver figuras que comecem com determinada vogal, completar palavras com as vogais iniciais, completar as palavras com as vogais que faltam, recortar e colar as figuras nos conjuntos das vogais.
·Conteúdo: “Encontros vocálicos”
·Procedimentos:Mostrar que se duas vogais se juntam formam palavrinhas. Utilizar essas palavrinhas em situações cotidianas, realizando atividades de leitura e escrita.
Observação:essa atividade na verdade não é necessária, mas podemos utilizá-la em um contexto significativo de representações teatrais dos alunos , com a leitura em cartazes das palavrinhas). Afinal os encontros vocálicos existem na língua portuguesa.



·Conteúdo:Sons Nasais
·Procedimentos:Mostrar o som das vogais sem o til e com o til e dizer que com este as vogais ficam com som de nariz ( som nasal). Realizar atividades para completar palavras com sons nasais ( ão, ã, ãe, õe).
P S:algumas crianças em níveis iniciais também apresentam dificuldades em entender esses conteúdo , que é superado quando vão fazendo a relação entre a fala e a escrita.

 Conteúdo: Consoantes
Objetivos específicos: relacionar fonema/grafema das inciais das palavras , sendo sons de consoantes e não somente vogais, para que a criança conheça a relação fonema das letras do alfabeto para que possa contruir a escrita, avançando para níveis mais avançados de escrita.
Procedimentos: lista de palavras de determindo campo semântico, perguntando com que letra e sílaba inicial, começa a palavra. Completar as palavras com as letras iniciais,ligar as palavras as letras iniciais, completar palavras com as consoantes que faltam.
 Encontros vocálicos :essa atividade na verdade não é necessária, mas podemos utilizá-la em um contexto significativo de  representações teatrais dos alunos , com a leitura em cartazes das palavrinhas, afinal os encontros vocálicos existem na língua portuguesa.