Há muitos anos, os índios não sabiam cultivar a
terra, nem domesticar os animais. Nunca tinham visto tecer ou fiar. Não
construíam malocas. Habitavam em cavernas ou alto das árvores. Pareciam animais
selvagens.
Nesse tempo, havia uma tribo cujo pajé era prudente e sábio. Chamava-se Sacaibu. Um dia, esse tuxaua resolveu mudar-se com seus companheiros para um lugar bastante elevado, onde havia boas florestas e muita caça.
Nesse tempo, havia uma tribo cujo pajé era prudente e sábio. Chamava-se Sacaibu. Um dia, esse tuxaua resolveu mudar-se com seus companheiros para um lugar bastante elevado, onde havia boas florestas e muita caça.
Sacaibu aí construiu as primeiras
malocas da tribo e plantou uma semente que lhe fora oferecida por Tupã. E
esperou que essa semente germinasse.
Perto da montanha onde
vivia a tribo, abria-se um grande abismo. Os índios passavam horas e horas,
olhando para o fundo desse grotão, no desejo de conhecer o vale misterioso que
ali devia existir, mas que não se podia ver por causa das florestas espessas
que o recobriam.
Enquanto isso a semente plantada por Sacaibu
germinou, desenvolveu-se e transformou-se numa bela árvore. Certo dia, os
índios viram que as flores dessa árvore se abriam, mostrando lindos tufos
brancos. Era o algodão.
Aconselhados por Sacaibu, os indígenas colheram
os tufos brancos, desfiaram- nos, teceram os seus fios e fizeram com os mesmos
cordas longas e fortes.
Com essas cordas puderam
descer o abismo. E foi grande a sua surpresa quando viram que o vale era
habitado por um povo adiantado, forte e bem organizado. Os moradores do vale
eram também generosos e prestativos. E, atendendo ao pedido de Sacaibu, subiram
pelas cordas e foram auxiliar os índios a cultivar suas terras.
Assim nasceram os primeiros algodoeiros no Brasil.
Assim nasceram os primeiros algodoeiros no Brasil.
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